Agora aprender com os erros é sua missão.
Um entre muitos aprendizados que a gestão me ensinou é que até os erros têm níveis, que vão do aceitável, que oportuniza o aprendizado pessoal e profissional, até o inaceitável, que leva a morte do seu negócio.
Imagine um barco. Imaginou? Você está dentro dele, no meio do oceano. Vamos dizer que por um erro seu aconteceu um furo no barco. Se esse furo for acima do nível da água, ok, você sobreviverá. Esse é um erro aceitável, que lhe gera aprendizado. Agora se o furo foi abaixo do nível da água, pois bem… nem preciso dizer!
A grande missão de todo gestor, empreendedor ou empresário (use o nome que preferir) é saber identificar da sua equipe potenciais, por meio deles, oportunizar a descentralização da sua gestão, aceitando e corrigindo possíveis erros “acima do nível da água”. Mas até nisso o gestor tem responsabilidade, pois deve comedir as atividades que possam estar essencialmente ligadas a sobrevivência do negócio e, por isso, deverá sopesar se devem ou não ser delegadas e, caso sejam, para quem as delegar, pois deve ser alguém que suporte essa responsabilidade.
Olhando para o meu cenário, vejo uma cultura no nosso país que ainda leva à “judicialização” dos conflitos sem qualquer preventivo anterior. Se de um lado há uma “certa economia” com o jurídico-preventivo, do outro lado o contencioso pode por vezes custar o dobro ou mais. Do outro lado também faço a crítica às formações dos advogados, que parece ter condicionado a maioria a sempre visualizar o direito como um ambiente de contencioso, inclusive com dificuldades de encontrar oportunidades de negócios aos seus clientes por meio de conselhos jurídicos e de negócios (os dois juntos, pois esse é o interesse maior do cliente: uma orientação jurídica eficaz ao negócio).